Poesia Cristã
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CAMINHO DE LUZ
Procurei como quem perdera algo,
Mergulhei numa vida dissoluta;
Quanto mais adentrava, mais me achava
No tatame de uma pesada luta.
Na disputa do ar que respirava,
Oscilava minha respiração;
Vivia, mas a vida me faltava,
Na calçada da fama à podridão.
Quando, enfim, o incômodo passou
A mostrar-me os defeitos do trajeto,
Percebi que andava angustiado
Por veredas do meu próprio projeto.
Indaguei aos ventos que sopravam,
O ruído díssono da agonia,
O que restava de mim e aonde andava
A sonata de bela melodia?
De quem são essas palmas que me atiram?
Pois retiram de mim a própria essência,
Fazem-me parecer outra pessoa,
Porque caçoam da minha inocência!
O silêncio não me falava nada,
Nada havia a dizer pra me mostar!
Onde estava a paz que eu procurava?
Nenhum deles sabia me ensinar.
Assim como eu andavam todos,
Irmanados, à busca de uma porta;
Alguns sucumbiram na desgraça
E adentraram por uma estrada torta.
Eis que a minha cabeça vagueava,
Mas o meu coração pedia paz;
E, levando-me a refletir, mostrou-me
O Caminho no qual tudo se apraz.
Adentrei, passo a passo, pé a pé;
Vi a fé suscitando mansamente;
À medida que ouvia a voz de Deus,
Mais o Seu resplendor era presente.
A pureza mais pura que existia,
A alegria em festa era real;
O amor do Senhor a cada dia
Conduzia-me à vida divinal.
Os meus fardos caíram um a um,
Como um zoom os meus olhos se abriram,
E o Espírito de Deus dentro de mim
Revelava-me o que eles jamais viram.
Noutro ser renascido, transformado;
Hoje um vaso nas mãos do Salvador,
Derramando a essência da Palavra,
A que lava o mais sujo pecador.
Se a vereda da sua vida está
Desgarrada do caminho da Luz,
Dê um pulo de vez, venha pra cá
E entre já no Caminho que é JESUS!
Abdias Campos
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6 ARC).
“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens” (João 10.9 ARC).